Quando uma família se vê sem condições de ir ao cinema, a solução é escolher um dos filhos para assistir à sessão e contá-lo aos demais. É assim que Maria Margarita se torna A contadora de filmes. Com uma linguagem enxuta e precisa, Hernán Rivera Letelier expõe a solidão de uma menina crescendo entre homens em um deserto. Para Maria, o cinema é mais que uma paixão, é uma possibilidade de ir além da realidade pobre e árida à sua volta. O cineasta Walter Salles, que adapta o romance para as telas, assina a orelha do livro com um texto exclusivo. "Ao ler o livro, compartilhamos uma vivência maior, de um relato amplo e fecundo, que transcende a aparente simplicidade do texto e da sua arquitetura".